sexta-feira, 26 de junho de 2020

O vírus cruel e o ano de 2020

Era janeiro ainda. E assisti a notícia de que um vírus assolava a China. Não dei tanta importância. A China parecia tão longe. Não imaginava que o tal “vírus” fosse chegar até o Brasil. Fevereiro a notícia era de que o vírus estava se espalhando para outras regiões. Ainda assim não dei importância. As outras regiões ainda eram “longe” do Brasil. Mas, em março (ou ainda em fevereiro?) o tal vírus “desembarcou” no país. O tão temido “Covid-19” virou uma pandemia mundial. E de repente, um dia fui trabalhar e no outro não podia mais ir. Tudo fechou. E as pessoas se voltaram para suas casas, seus lares, sair na rua precisava ser evitado. O álcool em gel virou produto de primeira necessidade assim como lavar as mãos e usar máscara no rosto. Tudo para que o vírus não se “espalhasse” com velocidade. Para dar tempo de “salvar” mais vidas e não deixar a morte surgir em quantidade sem precedentes. Antes de abril, infelizmente, as mortes começaram a fazer parte do noticiário diário. E talvez sejam potencializadas com o descaso político. A presidência sempre “desdenhou” do tal vírus a ponto de chamá-lo apenas de uma “gripezinha”. E isso desestabilizou a organização de órgãos sérios de saúde, pois nem todo mundo segue as regras para evitar a disseminação do vírus. Ficou “cada um por si”. Prefeitos das mais variadas cidades aplicam ou desaplicam multas em quem descumpre as regras de prevenção. Não está fácil viver assim. Para ninguém. Muitos perderam o emprego. Muitas empresas “quebraram”. O pouco de alguns é o muito de tantos outros. Já em maio o Brasil figurava na lista dos países que mais pessoas perderam a “luta” para o vírus. Uma triste realidade nacional. E uma vergonha mundial. Nenhum desastre aéreo, ambiental ou tragédia urbana conseguiu “ceifar” tantas vidas de uma só vez. São mais de 50 mil vítimas do coronavírus que jamais poderão voltar para suas famílias, amigos e pessoas que são queridas. O luto é perverso e constante para tantos. E em junho constata-se o quase óbvio, mas ainda difícil de ser levado a sério. É muito importante investir sempre em educação, pesquisa acadêmica e tecnologia. A área da saúde e seus profissionais são extremamente relevantes. Agora são os verdadeiros “heróis nacionais”. Muitos estão dando “literalmente” suas vidas para a causa. A escolha política séria e consciente é de extrema importância. É a política que gere os rumos do país e a aplicação do dinheiro público. Fazer escolhas equivocadas pode “arruinar” sonhos, vidas, projetos. E isso é lastimável. Espera-se que em julho, agosto, setembro, outubro, novembro ou dezembro. Ainda neste triste ano de 2020 tenha-se a notícia de uma vacina. Um alento. Uma esperança para que este vírus seja combatido, ou ao menos, controlado. Para que possamos “sair das telas” e partir para o tão sonhado “abraço” real. Mas, enquanto isso não ocorre, o mínimo a ser feito é seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde. E esperar dias melhores. É preciso acreditar que eles virão. ***Andressa (Dê) ************************************************************************************************************** Publicado no jornal Diário de Santa Maria-RS, dia 07/07/2020.

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