quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Prazo de validade

O prazo de validade do ano está chegando ao fim. É tempo de análise. E de reflexão. É tempo de validar ou invalidar pequenas coisas, sentimentos, relações. Verificar o que o prazo está vencendo. O que ainda está para vencer e aquilo que parece não ficar “obsoleto” nunca. Uma vez meu irmão foi parar no hospital por ter ingerido iogurte com prazo vencido. Relacionei este episódio com a vida. Até as pequenas coisas tem prazo de validade e as grandes também. Às vezes quebram, rasgam-se, desbotam, mancham, escurecem, etc. É assim com os objetos em geral: carros, roupas, calçados, cadeiras, maquiagens, e todos os demais. Alimentos estragam. É preciso cuidar do prazo da validade. Por uma questão de saúde. Os sentimentos creio que também possuem prazo de validade. Gostamos muito das pessoas e/ou admiramos. Mas, não para sempre. Às vezes basta uma palavra. Um gesto. Uma atitude. Qualquer deslize para que o nosso prazo de validade em relação ao outro expire. Paramos de gostar ou admirar como antes. É inevitável. Sem volta. Sem chances. As relações também são assim. Algumas parecem para sempre. E o prazo de validade estoura na primeira discussão. No telefonema que não foi retornado. No jeito e na conversa. Na diferença de gostos. Nos projetos diferentes para o futuro. Nas lágrimas. Nas decepções. Não tem volta. Não tem jeito. Acaba o prazo. Não tem mais como revalidar. É o fim. É assim também com as relações profissionais. De repente, o trabalho o qual estamos inseridos não traz mais aquele entusiasmo, nem aquela alegria. A empresa do qual antes tínhamos orgulho de pertencer, não se admira mais. Seja pelos valores pregados que estão invertidos. Ou ainda pela análise de vida que se faz. E por alguns instantes se dá conta que quer mudar o rumo. A profissão. Mudar de empresa. Mudar de emprego. Mudar de vida. E de estilo de vida. Passa a dar conta que trabalhar para os outros é bom, mas trabalhar para alcançar a felicidade e plenitude de si mesmo é melhor ainda. Assim, também para algumas profissões e relações profissionais o prazo de validade vence. É preciso recomeçar. Se reinventar. E para que a frustração não tenha lugar na nossa vida é preciso aproveitar. Aproveitar tudo. Aproveitar as coisas, aproveitar as relações, fazer valer as decisões tomadas. Pois, um dia o prazo vence. Fim da linha. Acaba. E enquanto isso não acontece é preciso pensar no grande poeta. O poeta do amor. Aquele que disse “que seja infinito enquanto dure”. Sábio Vinícius de Moraes. Afinal, apenas o amor verdadeiro não fica obsoleto nunca. Acredite. Feliz 2015! Um grande beijo, Andressa. ARTIGO PUBLICADO NA PÁGINA 06 DO JORNAL A RAZÃO-Sta Maria (RS). Versão digital em: http://issuu.com/jornalarazao/docs/0301/7?e=0

2 comentários:

Susanna Luz disse...

Gostei muito do texto Andressa!!
Feliz ano novo para você!!
um beijo grande!

Andressa CF disse...

Para você também, Su ! Muitas alegrias sempre !!! Andressa.

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