segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Sambar parando...

É carnaval. Pelas ruas da cidade dá para ver foliões fantasiados. Na TV aberta como de praxe o desfile das escolas de samba são mostrados durante noite toda. Muitos aproveitam estes momentos para “descansar” dos dias de trabalho ou estudo. Eu me encontro neste rol de pessoas.
Estando em Florianópolis, uma cidade abençoada pela natureza farta em praias e paisagens naturais fui agraciada com a visita de amigos e parentes do Rio Grande do Sul neste feriado folião. Todavia, no primeiro dia de “curtição” de praia atentei para um grave problema urbano que já assola Floripa: o trânsito caótico.
Parece paradoxal passar três horas na praia curtindo o mar, o sol, a areia, as comidas típicas, etc. Mas quatro horas no “engarrafamento” de carros na volta para casa. É torturante e desanimador. Foi exatamente isso que aconteceu no primeiro dia de “descanso” de feriado de carnaval. Sobretudo, para quem como nós escolhemos a “Barra da Lagoa” de destino.
Nesta parada forçada dentro do carro há sintomas muito desagradáveis conforme o tempo vai passando: começa a dar vontade de ir ao banheiro, comer, sair do carro por conta do calor ou da vontade de esticar o corpo. Isso me fez pensar em como amenizar tal realidade.
Comecei a imaginar que deveriam ter banheiros públicos espalhados pelas vias principais de engarrafamento urbano assim como animadores de ruas e vendedores de água, revistas, jornais, doces, etc. Haveria um crescimento paralelo da economia neste sentido. Risos.
Na verdade os órgãos públicos e a população em geral devem se engajar para ao menos “amenizar” esta realidade de transito engarrafado nas principais vias de acesso à praias e locais turísticos. Talvez pensar no incentivo de transporte alternativo. Construção de vias de transporte marítimo local, conscientização para a importância da carona, do rodízio de carros na rua ou estabelecer horários de chegada e saída das praias de modo que o tráfego flua durante todo o dia. Não sei.
O fato é que estamos num quase ápice de situação limite que se não for contornada o turismo e a qualidade de vida nas grandes cidades cairá drasticamente.
Não é possível “curtir” horas de feriado dentro de um carro parado. É preciso aproveitar a fantasia, a alegria e o espírito de sonho e “fuga da realidade” proporcionado pelo carnaval para imaginar cidades melhores.



Andressa da Costa Farias

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