quarta-feira, 9 de maio de 2018

Pelo dia do amor

Em 2008, numa aula em escola pública, fiz apenas uma "menção" ao "DIA DAS MÃES" numa sexta-feira antes do tal segundo domingo de maio. E de repente, uma aluna começou a chorar sem parar. Depois descobri que a mãe havia "abandonado" a criança para morar com outro afeto que não o pai da menina. Foi duro! E então, percebi o quanto é difícil abordar estas "datas comemorativas" relacionadas à família. Ainda são bastante mencionadas e "comemoradas", sobretudo, nas escolas particulares. Faz parte do show e do "marketing". Desde de 2013 frequento uma Casa Lar e toda vez que saio de uma visita fico com o peito apertado imaginando como pessoas pequenas foram parar ali. E a resposta é cruel. Então, por favor, sejamos coerentes com a realidade. Há diversas formações familiares. E tantas crianças e jovens sem saber direito o que é uma mãe ou pai DE VERDADE. Vamos comemorar o “Dia do amor”, o dia daqueles que se "importam" com os filhos sejam eles biológicos ou não. Assim como sugeriu indiretamente um escritor de histórias em quadrinhos da cena infantil. Terminei há pouco o livro "Maurício, a história que não está no Gibi" presente do querido amigo/jornalista/servidor da UFSM, Wagner Serafini dos Santos, para mim. E no final da narrativa uma das partes que mais emocionou-me é a que o autor dos gibis da Turma da Mônica conta que sempre procura responder aos leitores. Uma das cartas relatava a história de uma mãe que decorou o quarto da filha com bonecos dos gibis. Mas, logo depois que a criança nasceu veio a falecer. Ela escreve ao autor que responde que o melhor seria doar cada boneco a uma criança carente. Muito tempo depois, numa feira literária, encontra "Maurício de Sousa" e lhe apresenta uma adolescente. Faz o escritor lembrar da história da carta e o agradece imensamente pelo conselho. Foi através dele que encontrou a sua "outra" filha. Era uma das crianças que recebeu um dos bonecos da Turma da Mônica e que depois se tornou filha daquela mãe já sem esperança de vida. E assim concluo que maternidade é uma coisa somente: sinônimo de amor compartilhado. Tenha ele começado a crescer na barriga ou a partir do olhar e do CORAÇÃO. Vamos festejar o amor ! O dia do amor a cada dia. Todos os dias. ******************************************************************************************************************* Andressa da Costa Farias * Texto publicado como ARTIGO no jornal impresso Diário de Santa Maria, dia 09/05/2018. ***************************************************************************************************

  Cadê meu pai?                  O dia dos pais se aproxima e foi inevitável me dar conta da ausência do meu pai aqui. Será o primeiro Dia d...