domingo, 9 de outubro de 2016

Criança sempre...

Outubro que comemora o "Dia das Crianças" fez eu refletir sobre algumas coisas desta época da vida. Acredito que sempre há um pouco de criança em cada um, mesmo que a idade tenha avançado. É uma fase que passa cronologicamente, mas que permanece eternamente na nossa essência como ser humano. Há muitas formas de permanecer com a criança viva dentro da gente. Quando somos crianças, somos mais ativos, curiosos, ingênuos. Há um mundo novo e grande a ser explorado. O brilho no olhar é mais intenso. A alegria também. Alegria de ver os pais chegarem de um dia de trabalho. Alegria de ganhar "doces", "brinquedos novos", alegria de andar pela primeira vez de bicicleta. Alegria de compartilhar um brinquedo ou brincadeira. Alegria de formar um time. Alegria de cantar ou dançar com os pares menores. Quando eu era criança eu gostava muito de brincar com minhas primas de boneca. E de andar na rua com meus irmãos. Compartilhei amigos com eles. Chorei muitas vezes por cair inúmeros tombos. Aprendi com a "gurizada" do bairro a jogar "bolita" conhecida também como "bola de gude". Tentei andar de "roller" com minha prima, mas meu desequilíbrio fez eu desistir no primeiro grande tombo. A fase passou, mas dela permanece em mim a esperança e a fé neste estado de infância. Neste estado que vê o mundo com esperança e alegria. No brilho do olhar de quem acredita que o mundo e os adultos também podem eternizar a sensibilidade. Eternizar a sensibilidade é conseguir olhar para o outro com carinho. Tenho a sorte de ter que vivenciar e interagir com crianças. A profissão docente possibilita isso. E também tive a sorte de ser mãe. Acredito que muitas coisas mudaram da época que fui criança para a época vivenciada pelas crianças de hoje. A violência fez com que muitas crianças não tenham mais a rua para brincar. Os espaços fechados como casas, condomínios, prédios e shoppings são os lugares em que crianças circulam. Há também uma infinidade de objetos tecnológicos que as crianças mexem com extrema facilidade e desenvoltura. Coisa impensável na minha infância. Mas, no fundo a gente sabe que nenhum objeto tecnológico, cibernético, moderno é valioso se a criança não tem outra para compartilhar a alegria do simples brincar, da brincadeira, das regras estabelecidas, de ter o outro. Logo, no mês instituído como "delas" a melhor coisa que um adulto faz para uma criança é deixá-la vivenciar esta fase linda e especial fazendo-a brincar muito. Brincar muito com outras crianças. E compartilhar afeto, laços, amizades. É tão bom chegar na fase adulta com amigos que compartilharam a infância conosco. Não parece que o tempo se eterniza? Isso é ser criança. Deixar que a alegria, a brincadeira, a esperança por um mundo melhor jamais ofusque nossos olhos. Nem tire a doçura desta fase linda. Sorvete ! Chocolate ! Bala ! Rapadura ! Um brinde às crianças ! Todas elas, inclusive a que permanece em nós para sempre.

  Cadê meu pai?                  O dia dos pais se aproxima e foi inevitável me dar conta da ausência do meu pai aqui. Será o primeiro Dia d...