segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Gaúcha sim, mas BRASILEIRA mais ainda !

Vi agora há pouco a publicação no facebook de uma capa do vinil do Gaúcho da Fronteira. Da época compreendida entre os anos 80 e 90. Lembrei imediatamente que o pai tinha este vinil. Na infância, muitas vezes ouvíamos aos domingos. Mas, confesso que a lembrança não me deixou confortável. Apesar de vários conterrâneos idolatrarem a cultura gaúcha, algumas coisas eu dispensaria.Muitas vezes ia nos bailes porque meu pai achava lindo. Ele argumentava que eram nos bailes que haviam os "melhores partidos" e não nas "discotecas". Afinal, "guri direito" e que curte a tradição deve ser boa pessoa. Tenho certeza que meu pai sempre quis o meu melhor. Mas, como foi bom poder não ir mais nos bailes de CTG por "obrigação". Casei sim, com uma pessoa que adorava o tradicionalismo e frequentava bailes, mas isso não garantiu felicidade para ninguém. O casamento não durou. E não lamento. O local em que se nasce é algo que jamais podemos mudar. Enquanto uns dão "salve" ao terem nascido no RS, para mim isso é indiferente. Eu enquanto gaúcha sei reconhecer o quanto é linda a diversidade linguistica e cultural do país. Tive a oportunidade de conhecer e conviver com cearenses, paulistas,cariocas. E como agora moro em Florianópolis, tenho o maior respeito e admiração por vários catarinenses. Amigos paranaenses. Não é Maria Helena ? Enfim, a cultura gaúcha é linda. O chimarrão é maravilhoso. Fiquei feliz de receber no último final de semana duas primas que nasceram em Santa Maria- RS (como eu!) que hoje moram em Blumenau-SC e chegaram já com o "mate" pronto para me oferecer. Foi lindo ! Mas, fico desconfortável quando percebo qualquer atitude que tenda a ressaltar uma cultura ou região em detrimento de outra. Pavor de ver tantas vezes repassado o texto "Os gaúchos" com tanto orgulho nas redes sociais. Descobri que a jornalista Cora Ronái publicou um livro (2006) cujo título é "Caiu na Rede" que desmitifica a autoria de vários textos. Este é um deles. Atribuído injustamente a Arnaldo Jabor que deu entrevista no livro da jornalista de que jamais escreveu este texto ufanista.Lamentável ! Não repasso nem texto, nem foto, nada que possa dar a entender que um estado ou região é melhor que outra. Tenho que agradecer por ter sido tão bem recebida em outro Estado como o de SC e conviver com pessoas de outros Estados também. O melhor da cultura seja gaúcha, nordestina, carioca é o agregamento. O movimento. O trajeto. Sou gremista, mas respeito os colorados e aqui descobri o Avaí e o Figueirense.Um salve sim, não aos gaúchos e sim aos BRASILEIROS. Todos eles. Andressa.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Crônica de ANO NOVO - sobre mudança e coragem

O ANO MUDOU, e com ele os desejos de mudanças também são enormes.

Mas, mudar não é fácil. A coragem é um item necessário.
É preciso CORAGEM para mudar. Coragem para mudar a rota, o caminho, a direção.
Coragem para mudar faz poucos agirem de fato.
Para fazer o seu mundo diferente. Melhor.
É difícil, por exemplo, ter coragem de assumir o controle da própria vida.
Não viver de aparências e sorrisos para os outros. E quantos são os relacionamentos convenientes, que entram na rotina, infelizes por dentro e felizes por fora ? Sai ano e entra ano. A mesma coisa. Poucos tem coragem de mudar. Ou ao contrário, é preciso coragem para assumir de fato que se ama alguém. Que se quer ficar com este alguém para além de alguns momentos. Teme-se uma vida a dois. Compromissos. Há tantos que fogem das próprias convicções por medo de contratos. Medo de encarar uma vida compartilhada. Filhos. Conveniências. Melhor deixar assim. Para que mudar ?
Atitudes simples de mudança também não são fáceis.
Poucos tem coragem de fazer algo novo. Diferente. Humano como:
Adotar uma criança, apadrinhar alguém, dar um pouco de carinho para idoso, ler para animar o ânimo de quem não tem mais ânimo. Etc. Mesmo sabendo que há lista de entidades e instituições ao alcance de um clique em tempos cibernéticos. Basta querer. Mas como é difícil. Custoso. E o tempo que se julga perder ?
É. O ano mudou. Mas, as atitudes em sua maioria continuam as mesmas. Fácil se dar conta disso.
Poucos fazem a diferença. São diferentes. Viver a partir da responsável consciência de uma vida de verdade e não de aparências e ilusões é para corajosos. Estes são raros.
Porém, existem. E tem o meu mais glorioso PARABÉNS. Ainda bem.
E fazem a diferença. E que esta diferença contagie atitudes. Incentive outros a serem também CORAJOSOS.
Desejo isso para 2013: que a mudança venha de dentro e vire realidade. É preciso ainda muitos corajosos neste mundo.

Andressa.
Publicada como CRÔNICA no jornal DIÁRIO DE SANTA MARIA-RS (GRUPO RBS)no dia 22 de janeiro de 2013. http://www.clicrbs.com.br/pdf/14519281.pdf

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

  Cadê meu pai?                  O dia dos pais se aproxima e foi inevitável me dar conta da ausência do meu pai aqui. Será o primeiro Dia d...