segunda-feira, 27 de abril de 2009

Também existem mães-avós...

Mês de maio. Lembrança da minha mãe do coração que morreu justo neste mês, no ano passado. Um ano sem a presença dela, sem o carinho, o aconchego. Meus pais biológicos são muito importantes para mim, acredito que para os meus irmãos também. Mas bate uma imensa saudade daquele suporte sentimental, do carinho e do cuidado que sempre recebemos da minha querida avó paterna, vó Nercy.
Eu lembro que praticamente todas as dores do corpo quem sempre me socorreu foi ela. Da agoniante dor-de-ouvido a simples dor-de-barriga. Os chazinhos no inverno rigoroso do RS, o abraço apertado quando algo não dava certo. Enfim.
A gente sempre se lembra do ditado que a vida é urgente, que devemos aproveitar cada segundo, cada instante como se fosse o último, porém não conseguimos muitas vezes por em prática este ensinamento. Em 2008 passei um dos primeiros Dia das Mães longe desta “mãezinha do coração, vó Nercy”. Se eu soubesse que seria o último dela eu teria “voado” para Santa Maria-RS para passar junto com ela. Foi a última vez que nós falamos. Ela me ligou. Voz alegre e com saudades de mim. Ai que dor lembrar disso. Como eu poderia imaginar que dias após aquele domingo de mães, um infarto a tiraria da nossa convivência? Triste 17 de maio de 2008.
Sei que datas instituídas como “Dia das Mães”, “Pais”, “Crianças”, etc. servem mais aos propósitos de comércio e consumo do que celebração em si. Todavia, desejo passar este próximo Dia das Mães junto daquelas que me são queridas e extremamente importantes: a minha mãe e a minha filha, Gisella.
Afinal, amor filial é realmente um dos mais sublimes, insubstituível, grandioso que existe no mundo. Não imagino minha vida sem estes laços. Morreria. Assim como acho que depois que minha “vozinha” se foi “morri” um pouquinho. A gente sempre “morre” com a partida de alguém que amamos muito. Não tem como ser diferente.
Porém, fica a lição de amor que vó Nercy ensinou para a minha vida. Então, distribuir amor, carinho e conforto já é algo que faz perpetuar a presença dela. na minha vida. O mesmo amor que me criou espero estar passando para minha filha. Afinal, é a lei da vida. A lei da reciprocidade. Não é mesmo?
A todas as mães meu desejo de um feliz dia e a todos os filhos (as) meu apelo para que aproveitem este dia para parar da rotina estafante que a modernidade submete a gente e dar atenção às “suas velhas”. Vale a pena! Os instantes são únicos.


Andressa da Costa Farias

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